Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Augusto dos Anjos
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ResponderExcluirLembrava de fragmentos desse poema, li ele em um livro perdido nos tempos do ensino médio, não lembrava de como ele era bom, obrigado por traze-lo de volta.
ResponderExcluir@O Desafiante
ResponderExcluirOlá!
Para ser sincera eu não conhecia até o dia de postar, achei extremamente violenta (espero que não leve para o lado ruim) e incisiva a opinião do autor, bem definida e expressada de forma brilhante. Tenho lido alguns outros poemas e uns trechos do ~Eu~, é interessante.
Muito obrigada pelo seu comentário, estamos aprendendo todos os dias coisas novas ^^
PS: Acabei aceitando os dois comentários sem notar que eram quase iguais.