Meditação em 1 minuto:

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Video que ensina uma técnica simples, porém muito útil para quem quer começar a meditar:

O comportamento moral entre os animais:

sábado, 25 de maio de 2013



"Vejo em todo animal apenas uma máquina engenhosa à qual a natureza deu sentidos para recompor-se ela própria e para proteger-se, até certo ponto, contra tudo o que tende a destruí-la ou a desarranjá-la. Percebo exatamente a mesma coisa na máquina humana, com a diferença de que nas operações do animal a natureza faz tudo, enquanto o homem contribuiu com as suas na qualidade de agente livre. Um escolhe e rejeita por instinto; o outro por um ato de liberdade. Isso faz com que o animal não possa afastar-se da regra que lhe está prescrita, mesmo quando lhe seria vantajoso fazê-lo, e que o homem dela se afaste com freqüência, para seu prejuízo. Assim um pombo morreria de fome junto a um prato cheio das melhores carnes, e um gato junto a um monte de frutas ou cereais, embora ambos pudessem perfeitamente ingerir o alimento que desdenham se lhes ocorresse experimentar. Assim também os homens dissolutos se entregam a excessos que lhes causam febre e a morte, por que o espírito deprava os sentidos e por que a vontade ainda fala quando a natureza se cala."

Rousseau - Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens.

Reflexo... Caminho Anonimato

quinta-feira, 23 de maio de 2013




Por mais interesse que tenhamos em conhecer a nós mesmos, não sei se não conhecemos melhor tudo aquilo que não somos nós. Providos pela natureza de órgãos destinados à nossa conservação, só os empregamos para receber as impressões estranhas, só buscamos nos voltar para fora e existir fora de nós; muito ocupados em multiplicar as funções de nossos sentidos e em aumentar a extensão exterior de nosso ser, raramente fazemos uso daquele sentido interior que nos reduz a nossas verdadeiras dimensões e nos separa de tudo o que não nos pertence. No entanto, é esse sentido que devemos utilizar se quisermos nos conhecer, é o único pelo qual podemos nos julgar. Mas como dar a esse sentido sua atividade e toda a sua extensão? Como separar nossa alma, na qual ele reside, de todas as ilusões do nosso espírito? Perdemos o hábito de empregá-la, ela ficou sem exercício no meio do tumulto de nossas sensações corporais, ficou ressequida ao fogo de nossas paixões; o coração, o espírito, os sentidos, tudo trabalhou contra ela.

-- Buffon, Hist. Nat., t. 4, p. 151, "Da natureza do homem".