Paixão Nº1
Meu garoto especial,
Não pensemos no que for,
Se o importante é o que fará,
Quero trazer a realidade
Refletida na chapa do amor
Sei que pensas,
Sou fatal,
Conduzir-nos sem pudor
E até palavras arranjar,
Pra resumir a intenção
Por algo arrebatador.
Mas agora, só por agora
Esqueceria as outroras
E sem apreciar mais nada,
Aqui a ti,
Nessa madrugada
Cumpriria o gesto do amor.
Ariana Prestes,
Porto Alegre. Inverno 2015
Mantenho a Memória de Ti
Prefiro a memória de ti,
Por seres eterno no infindo lago das dimensões possíveis
O que compreende minha vastidão.
Em todo longínquo céu inevitável,
Não haverá equilíbrio viável
Que me defenda da intransmutável
Proteção que preciso do que deixaste visivel
nessa distancia sua empreitada é fácil oscilar
Mas não fenecerei em vão...
Criada em minha percepção,
Pois premissas da paraíso ou não
Transitam aqui de devagar
Cobrirei-me da memória de ti,
Como escudo anti cometas
Amuleto enérgico pela verdade
Provida na essência de nossos instantes.
Impressão grandiosa tua em mim,
Contrapondo o quão incomunicável compreendo-me agora,
Na alma sinto o ferver
E a esperança de não viver
O inalcançável até o fim,
Cultivo com gosto e sobriedade
Todo os momentos em que disposto
Deus deu-me almas sensíveis
E rodeada por seres bons
Vou seguir na solidão
Por minha alma que ainda vive.
Diotima Renard
Porto Alegre,
2015
República
O que por ti me encantara,
Nesse diferente tranco,
Como nunca notara,
Aprecio a cada canto.
Urge
Tudo o que ressalve,
Estes passos que em auge
Ousa embalo que ninguém vê
Conduz-me Deus
A esta mensagem
Oh, quão afável imagem
E a comoção que é te ter
Verde musgo vindo à vida.
Teus portões e a Beladona
Seus jardins em tons cinza
A cidade que encandeia.
Quase é quem soube ser
Tido um fino e modesto espasmo
Deste feito admirável, sente,
Vem do meu querer,
Minhas dádivas,
Memórias
Minhas fontes irrisórias
Deste encontro valorizo
Todo feito em ardor.
Pois se a sina é esquecer,
Esqueço e encontro-me no meio
Duma rua sem receio,
Onde a vida me presenteia.
E esquecerei sem alarde..
Mas não de ti
Nem da árvore,
Com seus canteiros em flor,
Suvenires de realidade.
Esquecerei do breve vento
Que ousei ao firmamento
Provar com gosto e vontade
Uma tristeza do amor,
Pra trazer ao meu destino
Mudar abstrato caminho
Oh, só tu
Passagem em cor...
Gratitude pelo carinho
Poder esquecer um pouquinho
A solidão que fez um ninho
Vivendo vida em meu interior.
Diotima Renard
Porto Alegre
2015
O peito de um outro cão
Fato importante surge e digo,
historia excepcional
Com grandioso coração
Emblemática demanda
Expressão, velocidade, escuridão
Em nú abrigo acolhida, a chance tida
anormal
– Um portal.
Cães correspondem meu chamado,
conduzindo-me aos algures...
Pois é, tudo isso e tal, - condenei à
opressão
Desenho de que era feito o infortúnio
O mal
Impaciente em razão,
Só, em minha indene espiritual
Pedi que a força da maleza, num
desejo do querer,
Trouxesse a figura real
Eis portanto, que tenaz seu silvo
urge, e em meu peito se confunde
O choque que ei de levar.
Bicho imenso, dentes e músculos
Num galope que usurpa, no umbral a
revelar
Filho fantasma negrito a urdir
Seio da noite fria em turvo
Prata uivo e luar
Fui eu na floresta,então
Transformando vento em sentido
Provocando o coisa ruim
Nos cegos galopes distantes
Pulsantes dentro de mim
Perecendo no lascivo
Encontro provocativo
Atingindo-me, Enfim,
De torpe em supetão
Golpeando forte meu peito
Com o peito de outro cão
Santa Maria 2014
Tido um fino e modesto espasmo
Onde a vida me presenteia.
Com seus canteiros em flor,
Porto Alegre
O peito de um outro cão
Fato importante surge e digo,
historia excepcional
Com grandioso coração
Emblemática demanda
Expressão, velocidade, escuridão
Em nú abrigo acolhida, a chance tida
anormal
– Um portal.
Cães correspondem meu chamado, conduzindo-me aos algures...
Cães correspondem meu chamado, conduzindo-me aos algures...
Pois é, tudo isso e tal, - condenei à
opressão
Desenho de que era feito o infortúnio
O mal
Impaciente em razão,
Só, em minha indene espiritual
Pedi que a força da maleza, num
desejo do querer,
Trouxesse a figura real
Eis portanto, que tenaz seu silvo
urge, e em meu peito se confunde
O choque que ei de levar.
Bicho imenso, dentes e músculos
Num galope que usurpa, no umbral a
revelar
Filho fantasma negrito a urdir
Seio da noite fria em turvo
Prata uivo e luar
Fui eu na floresta,então
Transformando vento em sentido
Provocando o coisa ruim
Nos cegos galopes distantes
Pulsantes dentro de mim
Perecendo no lascivo
Encontro provocativo
Atingindo-me, Enfim,
De torpe em supetão
Golpeando forte meu peito
Com o peito de outro cão
Santa Maria 2014