Tristeza

terça-feira, 16 de setembro de 2014



Não consigo acreditar que Rousseau tem mais direito que eu, ou qualquer outro sobre achar de si um ser humano diferenciado... Pois então, eu ainda uso humildade. No caso do gênio, o mesmo parecia se apresentar como inalcançável, fora dos padrões sociais. 

 Se eu pudesse, encontraria Rousseau e diria a ele que não é o único. Que o acolhimento da sinceridade lógica é possível e fundamental pro dito competente. Algo essencialmente presente, intrínseco aos que acreditam. Apresentado a nós antes de qualquer outro objeto, e é aquilo que toma nossas decisões.

Obrigada pela orientação, professor.


"[A diferença que existe entre o meu homem verdadeiro e o da sociedade é que este é rigorosamente fiel a toda a verdade que nada lhe custe]
A santa verdade que seu coração adora não consiste em fatos indiferentes e nomes inúteis, mas em atribuir com fidelidade a cada um o que lhe é devido nas coisas que de verdade são suas, imputações boas ou ruins, retribuições de honra ou censura, de louvor ou repreensão. Ele não é falso com os demais, por que sua equidade não o permite e por que ele não quer prejudicar alguém injustamente, nem a si mesmo, por que sua consciência não o permite e porque ele não conseguiria atribuir-se o que não é seu. 

É sobretudo à sua reputação que ele se apega.


Jean Jaques Rousseau – Os devaneios do caminhante solitário."