Amis Renard

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Lâmina Afiada

Por entre os átomos do tomate,
Desce a lâmina com vontade
Até pra fechar pastel o povo quer a verdade
E quando surge a questão,
 Não uso tuas "frescuragens"
Em teu Santo dou só uma
(que Deus lhe proteja a imagem) 

Só é terroso o vazio
Resultado e significado...
Pois, entre os átomos do tomate; 
Na conversa e na vontade

Eu desconto os problemas,
E como o spoiler da novela
Disparo que tu dá o rabo.

- Amis Renard

Homem Moderno

Destro em bulir a superfície das coisas
Em benefício de enganar e enganar-se,
assim,
Por cunho e emprego de significância,
Vens com disfarçada ignorância,
Mover mundos e fins.

Homem moderno, ignorante de si,
Incompetente no que pensa do agora,
Fazendo caricatura Senhora;
Mediocrizando-o em crer pôr forma,
Ridente,
Satisfeito com o momento
Em fragmentos de anódino fundamento.
Desconhece o poder da ilusão.

 Qual valor,
Eu espectador, então,
Sem o abraço de algum outro irmão
Em momentos de solidão
 Vivos em tristezas,
 Memórias e saudade

 E que permeiam minha mente
Com impotente sensação,
Nada esperar destas capacidades
Pra que eu jamais traia a realidade
Zele o vacilo à iniquidade.


Entrego-me
Vou.
E a alma à simplicidade,
Fugindo de tudo com esforçado esmero,
Fazendo tudo à consciência
Nunca julgar Viver
Quão ridículo erro.


Porto Alegre
Setembro, 2015

Bellu Sepukku

O que queres fazer da vida,
Oh pessoa saudável e capaz?

- Eu quero expressar, do modo que houver, que bom é
aprender a amar com o amor..
Que não há morte, se não a forma lógica e razoável... 
Vivemos alegrados com o balanço ritmado que só cresce
pelo amor regente do movimento regrado pela compreensão
do estado das coisas ao natural.

Mentira!

Pode ser meu preconceito,
Talvez azar onde apliquei Ser,
É a fantasia quem sofria,
 Uma utopia a estarrecer!

 Não há matemática que impere
Desquantificar quem sei, 
Em raso valor e critério
 E é como a exata sensação que brada:

"Deste buxo gritou o Rei"  
-Que ignorante desgraçada!
Sem suspeita cedi vida
 Pra uma morte encomendada.

Saudável e capaz jovem
que agoniza em meio as traças,
Prazeres?
 Sois a solidão.
Chora à verdade e desgraça!

Não atua,
Não condena
Só sentes a terrosa pena
E o desespero que estilhaça.

E quando retomares a vida
Alcança bendita pena
Ora a tenra penitência
dalgum fraterno amparo
Pega o sono do embalo.

 Sonha,
A sorte
A morte
E a pena

Aceitemos quem condena,
Pois a nenhum fim se advinha cena.

Porto Alegre

 Agosto 2015


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